Reciclagem do alumínio chega a quase 100% no Brasil e vira modelo no país


Enquanto a indústria do plástico busca caminhos para tornar a embalagem menos problemática ao meio ambiente, a do alumínio tornou-se um case de sucesso envolvendo todos os atores da cadeia, com números vistosos para exibir. Em 2021, por exemplo, o índice de reciclagem de alumínio chegou a 98,7%, o que equivale a 33 bilhões de latas reaproveitadas. E o bom desempenho não vem de hoje. Há dez anos, essa taxa era de 95%.


O presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Lata de Alumínio (Abralatas), Cátilo Cândido, destaca que esta é uma cadeia bem estruturada, com ganhos para quem coleta, quem transforma e para os fabricantes, formando o ciclo completo da economia circular.


— Além do bom valor de revenda em relação a outros materiais, a latinha também é de fácil manuseio e não ocupa tanto espaço, o que facilita que as pessoas que reciclam consigam acumular um volume que compense na hora da revenda — diz Anne Caroline, catadora de materiais recicláveis e influenciadora digital.


O alumínio é 100% reciclável e pode ser reciclado infinitamente sem perder suas propriedades. Outra vantagem é o ciclo de consumo. Do momento da coleta até o retorno à indústria como matéria-prima reciclada são apenas 60 dias. Segundo a Abralatas, 75% do aço extraído estão em circulação, uma vez que se trata de um material que pode ser reutilizado inúmeras vezes.


O mercado de reciclagem de alumínio movimenta cerca de R$ 5 bilhões no país e envolve mais de 800 mil pessoas direta e indiretamente, segundo estimativas.

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